Em tempos de eleição, as
promessas que já foram feitas e não cumpridas parecem voltar à tona, como se
fossem novidades. Bonfim de Feira, um distrito em Feira de Santana, pode estar
prestes a ser vítima de um novo estelionato eleitoral, onde propostas são
recicladas sem que ações concretas sejam realizadas.
A situação começou quando surgiu
a notícia de que a Avan loja se instalaria em Feira de Santana, em uma área de
terra ao lado do Motel Cajueiro, próximo ao viaduto. Rapidamente, foi
descoberto que o terreno em questão pertence ao Macro Atacado. Ao lado dessa
propriedade, há uma área pertencente à prefeitura, que, segundo informações,
pretendia construir uma praça no local. No entanto, o Macro sugeriu uma troca:
construir uma escola ou uma creche em outro lugar para o município em troca
desse pedaço de terra. Foi aí que ressurgiu a promessa de construir uma creche
no distrito de Bonfim de Feira.
Há quem diga que essa promessa
não é nova. Fontes mais antigas relatam que, durante a gestão de José Ronaldo
como prefeito, o empresário Adilson do Sofá, proprietário de uma fábrica de
sofás em Bonfim de Feira, teria doado um terreno de sua propriedade para a
construção de uma creche. Na época, a proposta foi rejeitada pelo então
prefeito. Agora, com a possibilidade de uma empresa privada realizar a obra em
troca de um terreno de seu interesse, o ex-prefeito parece querer retomar a
promessa, prometendo fazer o que, no passado, já havia recusado.
Essa reavivada proposta surge em
um momento crítico, logo após o governador Jerônimo Rodrigues (PT) criticar
duramente o grupo que está no poder há mais de 23 anos, acusando-os de
negligenciar a educação e de não construir creches nas áreas rurais. Aparentemente,
é mais fácil prometer fazer o que já se teve a oportunidade de fazer e nunca
fez.
O governador, além de pressionar
o atual prefeito Colbert Martins a tomar ações, parece também estar pautando a
campanha de José Ronaldo. Mas será que, desta vez, as promessas se converterão
em realidade ou Bonfim de Feira continuará a ser palco de promessas vazias?
Fica a dúvida: até quando os moradores assistirão a esse jogo de interesses sem
que suas necessidades sejam atendidas? (Rota da Informação).
Foto: Divulgação