Jornalista é “fritado” pela guerra entre Rui e Wagner no PT baiano; feirense assume Secom de Jerônimo

O jornalista André Curvello
ocupou a Secretaria de Comunicação do governo do estado por 12 anos. Se
despediu do cobiçado cargo esta semana. Vai assumir o comando da comunicação da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), a convite do baiano Ricardo Alban,
que preside o órgão. Na vaga de André, assume interinamente o feirense Luciano
Suedde, então chefe de gabinete da pasta.

A saída de André Curvello foi
resultado de uma mistura de insatisfação do governo com o desempenho da Secom,
e uma manobra política da turma do senador Wagner, de olho na pasta.

Do ponto de vista político, a
saída de André da Secom é vista como resultado de uma disputa de bastidores
pelo poder do PT na Bahia entre Wagner e Rui Costa. Com um orçamento estimado
em R$ 140 milhões, a Secretaria de Comunicação do governo da Bahia virou alvo
de disputa entre os aliados do ministro da Casa Civil e do senador Wagner.

Os “wagnistas” articularam para
retirar André Curvello, que é ligado ao ministro. Segundo os aliados de Rui, a
articulação partiu do chefe de gabinete do senador, Lucas Reis, que sonha em
chegar à Câmara dos Deputados em 2026, e do presidente do PT na Bahia, Éden
Valadares.

Em sua gestão, Curvello tratou a
imprensa de Feira de Santana – pelo menos a que tem ligação direta com o
governo do estado – a pão e água. A exceção fica por conta de alguns que se
submetem a reproduzir releases com ataques à gestão municipal e ao prefeito
eleito José Ronaldo.

Mesmo com essa subserviência, as
notas fiscais se acumulavam, sem pagamento, alvo de queixas, inclusive,
diretamente ao próprio André Curvello e suas raras visitas a Feira de Santana.

Como se vê, nem tudo são flores
pelas bandas do Palácio de Ondina. (O Protagonista).

Foto: Divulgação