A Prefeitura de Feira de Santana
pretende desembolsar R$ 1.438.534,70 na decoração natalina deste ano, valor
destinado à iluminação pública para as festas de fim de ano. Enquanto as luzes
prometem encantar os olhos da população, a realidade de muitos funcionários
terceirizados da administração municipal é sombria: salários atrasados e contas
acumuladas transformam o Natal em um pesadelo para milhares de trabalhadores e
suas famílias.
Entre os afetados estão médicos,
enfermeiros, técnicos, porteiros, assistentes administrativos e profissionais
de serviços gerais, essenciais para o funcionamento da máquina pública. Sem
receber seus pagamentos, esses profissionais enfrentam dificuldades financeiras
e questionam as prioridades do governo municipal.
Além disso, a situação se agrava
com a falta de confiança das empresas contratadas pela Prefeitura. Informações
obtidas apontam que a vencedora da licitação para a iluminação natalina
recusou-se a executar o serviço, temendo não receber o pagamento. Agora, a
administração tenta fechar contrato com a empresa que ficou em quarto lugar no
processo licitatório, já que as demais desistiram devido à falta de confiança
na gestão.
O prefeito Colbert Martins, em
seus últimos dias de mandato, parece focado em deixar uma impressão visual para
a população, mesmo que isso aconteça à custa da dignidade dos funcionários. Com
19 dias restantes para encerrar uma gestão marcada por críticas e
controvérsias, o prefeito aposta em um espetáculo natalino para encantar,
enquanto ignora a crise financeira que aflige milhares de trabalhadores.
O contraste entre as luzes
natalinas e as lágrimas de trabalhadores que enfrentam dificuldades expõe uma
administração que prioriza a aparência em detrimento da essência. Para muitas
famílias de servidores terceirizados, o Natal não será iluminado, mas marcado
pela incerteza e pela luta por seus direitos básicos.
A comunidade questiona: em um
momento de crise, o que realmente importa? As luzes que brilham nas ruas ou os
trabalhadores que lutam por dignidade e respeito? (Rota da Informação).
Foto: Divulgação/Rota da Informação