Lideranças na Câmara dos
Deputados criticaram a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal)
Flávio Dino de suspender o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas
parlamentares, reclamam da falta de diálogo e falam em escalada na crise.
Segundo reportagem da Folha de S.
Paulo, parlamentares se queixam em particular da determinação para que a
Polícia Federal abra uma investigação sobre a liberação dos recursos. A ação
foi vista como acima do tom e midiática, afirmam congressistas ouvidos pelo
jornal.
Flávio Dino atendeu a
representação do PSOL que apresentou novos fatos a respeito do pagamento das
emendas de comissão – alvo de críticas e de decisões anteriores do próprio
ministro pela falta de transparência.
A representação cita um ofício
encaminhado ao governo federal e assinado por 17 líderes partidários da Câmara
dos Deputados. O documento detalhava a indicação de 5.449 emendas de comissão.
Na prática, como revelou a
revista Piauí, a lista dos 17 líderes de partidos da Câmara mudava a destinação
de emendas de comissão, sem aprovação dos colegiados. O ofício com a nova
destinação foi encaminhado ao governo Lula (PT) no último dia 12, e a Casa
Civil deu aval à manobra.
Entre os signatários da lista com
mais de 5.000 indicações estão o líder do governo na Câmara, José Guimarães
(PT-CE), o do PT, Odair Cunha (MG), e o do Republicanos e candidato à
presidência da Casa, Hugo Motta (PB). O chefe da Câmara, Arthur Lira (PP-AL),
seria o avalista da iniciativa.
O estado mais beneficiado com a
destinação dos R$ 4,2 bilhões seria Alagoas – terra de Lira, com quase R$ 500
milhões. (bahia.ba).
Foto: Elaine Menke/Câmara do
Deputados