Governos estrangeiros buscam driblar impasses com o Itamaraty e recorrem ao congresso e à oposição brasileira para fortalecer relações políticas

As políticas externas do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), marcadas por uma orientação
ideológica de esquerda e pelo apoio a governos autoritários, têm gerado reações
inesperadas no cenário internacional. Países como Estados Unidos, Ucrânia, Argentina
e Israel estão contornando os canais diplomáticos tradicionais, buscando
diálogo direto com a oposição brasileira e outros setores da sociedade.

Embora o Itamaraty mantenha
contatos básicos para tratar de questões comerciais e consulares, as relações
políticas enfrentam impasses significativos. Representantes desses países
acusam o governo Lula de adotar posturas intransigentes e radicais, além de
negligenciar temas sensíveis no cenário internacional.

Nos bastidores, autoridades
estrangeiras expressam insatisfação com declarações e ações do presidente
brasileiro que, segundo elas, não refletem o posicionamento da sociedade
brasileira em assuntos globais. Entre os pontos de atrito, destacam-se:

– Comentários sobre Israel: Lula comparou
ações do governo israelense ao regime nazista, causando desconforto
significativo.

– Postura diante da guerra na Ucrânia: O
Brasil tem sido criticado pela falta de apoio explícito às iniciativas de
resgate de 20 mil crianças ucranianas supostamente levadas para adoção
forçada na Rússia.

– Recepção seletiva a diplomatas: O
governo tem evitado receber representantes de nações cujas agendas
considera desfavoráveis, utilizando táticas para adiar ou minimizar
encontros diplomáticos.

Em resposta, governos
estrangeiros têm intensificado contatos com parlamentares brasileiros e
representantes da oposição. Um exemplo recente foi o convite do ex-presidente
dos Estados Unidos, Donald Trump, para que a ex-primeira-dama Michelle
Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro comparecessem a sua posse como
presidente.

A exclusão de Lula desse evento
reflete um movimento mais amplo de líderes estrangeiros que optam por
interlocutores fora do governo federal. Trump, que já foi comparado a nazistas
e fascistas por Lula, sinalizou que pretende priorizar o diálogo com figuras
alinhadas à oposição.

A crescente busca por canais
alternativos pode isolar o governo brasileiro no cenário global, prejudicando a
imagem do país e limitando sua capacidade de influenciar decisões
internacionais. Enquanto isso, a oposição emerge como um ponto de referência para
governos estrangeiros interessados em manter relações estáveis com o Brasil.

Com a escalada de tensões, a
postura de Lula em relação às políticas externas será um teste crucial para a
capacidade do Brasil de equilibrar suas alianças estratégicas e seus interesses
globais. (De OlhoNews).

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