Assembleia Legislativa lança o livro [Francisco Pithon / O Cinema na Bahia]

A Assembleia Legislativa
lança amanhã (sábado), a partir das 17h, no Espaço Cultural Itau, o livro [Francisco
Pithon ? O Cinema na Bahia], perfil biográfico do empreendedor e maior exibidor
cinematográfico que a Bahia já teve, escrita pelo jornalista Flávio Novaes. A
obra integra a coleção [Gente da Bahia] que preserva a memória de baianos
notáveis das mais variadas áreas.

O trabalho de Flávio
Novaes reporta a um tempo em que se colocava gravata para ir às
[avant-premières] e astros brasileiros e internacionais chegavam a Salvador com
regularidade para prestigiar lançamentos ou ainda em que os filmes campeões de
bilheteria ficavam semanas em cartaz. Uma época em que a inauguração de um novo
cinema era uma festa monumental, prestigiada por governadores.

Francisco Pithon foi um
pioneiro. Cinéfilo, tornou-se responsável pela introdução de novas tecnologias
nas salas, como ar-condicionado, (ar-renovado), som estéreo e telas de maior
amplitude (cinemascope e depois cinerama) e confortos, como a instalação de
bombonières. Foi responsável ainda pela construção de salas luxuosas, como a do
cine Bahia, na rua Carlos Gomes, ou de alta tecnologia, como o cinema Tupi, na
Baixa dos Sapateiros.

Além de controlar quase a
totalidade das salas de exibição de Salvador, inclusive àqueles de bairros como
os cines Roma e Itapagipe, Francisco Pithon trouxe para a Bahia as chocolateria
Casa Kopenhagen, foi mola mestra na construção da Casa Retiro São Francisco e
estava sempre presente em campanhas de arrecadação de fundos para caridade,
recolhendo donativos em seus estabelecimentos.

Entre os muitos cinemas
que ele controlou e modernizou, entre as décadas de 30 e 70 do século passado,
além dos já citados, estão os cines Excelsior, Pax, Guarany, Art, Popular,
Jandaia e Liceu. Todos, sem exceção, com primorosa arquitetura, enriquecida com
obras de artistas plásticos baianos. (Ascom)