Ao longo de duas semanas escrevemos sobre esse tema. O
assunto é tão palpitante que, tenho conversado com intelectuais (acadêmicos),
políticos, estudantes sobre o assunto e ficamos indecisos em quem acreditar.
Vivemos num país turbulento e constantemente, os fatos são
registrados, envolvendo personalidades, que poderiam ser exemplo. No apuramento
da operação Lava Jato, nomes de ilustres senhores aparecem no cenário nacional,
são nomes de pessoas, que a população declinou o voto de confiança, como seu
representante legal na gestão do país.
Um novo cenário estamos vivendo agora, com as denúncias
oferecidas ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República
Rodrigo Janot acusando o deputado Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara
dos Deputados. Na denúncia apresentada quinta-feira (20), Janot acusa o
presidente da Câmara de ter recebido propina no valor de ao menos US$ 5 milhões
para viabilizar a construção de dois navios-sondas da Petrobras, no período
entre junho de 2006 e outubro de 2012.
Enquanto se apura essa situação e outras, surgem novas
denúncias e envolvem pessoas físicas e jurídicas e a população fica no aguardo
das decisões judiciais.
Mesmo aguardando transitar os processos judiciais até o
julgamento, o cidadão fica na dúvida de seu representante político é merecedor
da palavra pronunciada [credibilidade]? Eis aí a questão.
Como se observa ou como analisar as instituições do país? Em
quem cremos na atualidade?. Observa-se que as instituições físicas elas por si
só não se representam, elas são representadas por pessoas [seres humanos], que
assumem as funções com a legitimidade do povo.
É preciso se rever essa questão. Não adianta manifestações
públicas, só para medir a quantidade de pessoas nas ruas. Seria ideal, que os
representantes dos poderes constituídos olhassem, com os olhos habituais para a
população, o sofrimento que vivem na saúde, na educação, na segurança pública e
que pudessem minimizar a amargura a angústia do povo brasileiro. Que
discernissem um alinhamento dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário),
para que o trabalhador brasileiro tivesse garantido seu emprego, sua
aposentadoria digna e porque não dizer um final de vida melhor.
Ora, se diz que vivemos num país democrático, sim temos um
pouco de liberdade vigiada, mas, a melhor democracia é aquela que se faz sem
faltar o pão de cada dia na mesa, e a garantida do bem estar de sua população.
É hora de ficarmos alerta, vigilantes, porque a própria
Constituição Brasileira diz [todo poder
emana do povo e em seu nome será exercido].
(Itamar Ribeiro)