O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, explicou nesta
terça-feira (15) em entrevista à NBR que a CPMF (Contribuição Provisória sobre
Movimentações Financeiras) foi escolhida como parte das medidas para aumentar a
arrecadação do governo por ser [um imposto pequenininho]. [Se você vai comprar
alguma coisa que custa R$ 100, vai pagar R$ 0,20], disse Levy.
As medidas, que foram anunciadas por Levy e pelo ministro do
Planejamento, Nelson Barbosa, representam recuo em relação à posição adotada
anteriormente. Na semana retrasada, Dilma havia dito que o governo cortou [tudo
o que poderia ser cortado].
[Muitas das medidas exigirão apoio do Congresso para se
tornarem efetivas, e a confiança dos brasileiros. Foi sugerido que se
procurasse dialogar mais com a sociedade para que tivesse pleno entendimento
sobre a necessidade desse esforço adicional. Nestas últimas semanas, ficou
absolutamente evidente para todos a necessidade desse ajuste. Temos os próximos
meses para converter em realidade essas medidas, principalmente por meio da votação
de projetos de lei e PECs], declarou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, informou que
deve haver uma reunião com as lideranças da base governista, na Câmara e no
Senado Federal, e também com os presidentes de ambas as casas, para viabilizar
as medidas propostas.
O ministro da Fazenda informou ainda que, ao atualizar os
parâmetros do orçamento do ano que vem, baixando a previsão do nível de
atividade, foi estimada uma perda de R$ 5,5 bilhões em arrecadação em 2016. O
orçamento do ano que vem trazia uma previsão de queda do PIB de 2015 de 1,8 e
um aumento de 0,2 no próximo ano. Na semana passada, entretanto, o mercado
financeiro previu uma contração do PIB de 2,55 neste ano e de 0,6 em 2016.
Queda maior do PIB representa menos recursos no caixa do governo. G.1