Prestes a anunciar a reforma ministerial, a presidente Dilma
Rousseff se reuniu no início da tarde desta quinta-feira (1º), no Palácio da
Alvorada, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar dos últimos
ajustes das mudanças no primeiro escalão. Além de Lula, compareceram à
residência oficial o presidente do PT, Rui Falcão, os ministros Aloizio
Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva e o assessor especial da Presidência
Giles Azevedo.
Mais cedo, Dilma se reuniu com o vice-presidente Michel
Temer, no Palácio do Planalto, para tratar do espaço do PMDB na Esplanada dos
Ministérios. O principal aliado da petista no governo federal deve ficar com
sete pastas na reforma que deve ser anunciada até esta sexta (2).
Ao longo das últimas semanas, a presidente da República se
reuniu com ministros e dirigentes partidários do PT, PMDB, PDT, PTB e PC do B
para definir as mudanças. Em meio às articulações, o PSB também recebeu
sondagens, mas recusou assumir uma pasta na Esplanada.
Entre as principais mudanças no primeiro escalão estão a
transferência de Jaques Wagner da Defesa para a Casa Civil no lugar de Aloizio
Mercadante; já o atual chefe da Casa Civil retornará para o Ministério da
Educação; na Saúde, sairá o petista Arthur Chioro e entrará um deputado federal
do PMDB; além disso, está prevista a fusão das secretarias de Direitos Humanos,
Igualdade Racial e Políticas para as Mulheres em uma única pasta.
Mesmo sem anúncio oficial das mudanças no governo, a
presidente já começou a demitir alguns ministros.
O Ministério da Educação, por exemplo, divulgou nota na qual
informou que o chefe da pasta, Renato Janine Ribeiro, já foi comunicado por
Dilma de que deixará o cargo. Na terça (29), a presidente telefonou para o
ministro da Saúde, Arthur Chioro, e mandou o mesmo recado. (G.1)
Foto: Wilson Dias ABR