Por sugestão da deputada estadual Fabíola Mansur (PSB), a
Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) realizou sessão na manhã desta
quinta-feira (8) em homenagem aos 85 anos da Associação Bahiana de Imprensa
(ABI). Para Fabíola, a imprensa forte é condição para uma democracia livre. [Temos
que exacerbar essas homenagens para continuar travando essa luta democrática,
mas também inspirar os jovens jornalistas a buscar a notícia e nunca perderem
duas qualidades: a curiosidade e a capacidade de se indignar], apontou. A
cerimônia, ocorrida a partir das 9h30 no plenário da Casa, teve a participação
do presidente da ABI, Walter Pinheiro, e de membros da direção da entidade,
além do presidente da Assembleia Geral da ABI, Samuel Celestino, que presidiu a
associação por 25 anos.
Entre as autoridades presentes, estavam o governador em
exercício, João Leão (PP), o presidente da AL-BA, Marcelo Nilo, a senadora
Lídice da Mata (PSB) e a juíza Marielza Brandão, presidente da Associação de
Magistrados da Bahia (Amab). Ao Bahia
Notícias, Pinheiro destacou o papel [inconteste] da imprensa para ampliar a
transparência das ações governamentais, além da divulgação de informações de
interesse público. [Com essa homenagem, claro que as responsabilidades
sobrepesam ainda mais os nossos ombros e haveremos de continuar, primeiro na
defesa do bom jornalismo, combate aos atos de censura, a proteção a quem atua
na imprensa, contra as medidas de opressão e perseguição], afirmou. Também
participaram da sessão solene representantes da classe, como a presidente do
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba), Marjorie
Moura, e a diretora da Faculdade de Comunicação (Facom) da Universidade Federal
da Bahia (Ufba), Suzana Barbosa.
Em pronunciamento breve, Marjorie destacou que a função exercida
pelos jornalistas pode [desagradar], tornando-a [uma profissão perigosa].
Suzana, por sua vez, salientou que a Facom sediou o primeiro departamento de
Jornalismo na Faculdade de Filosofia (ganhando autonomia em 1987) e ressaltou a
necessidade dos jornalistas de buscarem [como desempenhar melhor] suas
atividades. Convidado como palestrante, o jornalista e pesquisador Nelson
Cadena, membro da ABI e do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB),
fez um apanhado sobre a história da fundação da entidade, desde os tempos da
Associação Tipográfica da Bahia, que está na origem do surgimento da ABI. O
presidende da AL-BA, Marcelo Nilo, encerrou a sessão, ressaltando o papel do
jornalismo no momento vivido pelo país atualmente. [Vivemos uma crise
econômica, política e, por que não dizer, de credibilidade], classificou o
parlamentar que citou dois fatos ocorridos na última semana para ilustrar o
papel da imprensa: a rejeição das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff
pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e a suspeita sobre a participação do
relator do processo, o ministro do TCU Augusto Nardes, em um esquema de
anulação de dívidas fiscais. [Como os brasileiros iriam saber desses dois fatos
atípicos no nosso país?], questionou. (Bahia Noticias)