Além do próprio ex-presidente Lula, ex-ministros fazem parte
do esquema do qual se utilizou o lobista Mauro Marcondes Machado, preso na
Operação Zelotes, para fechar negócios com o governo, inclusive na compra de
medidas provisórias. O lobista foi quem realizou pagamentos milionários a Luiz
Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente.
A lista de contatos do lobista com pessoas próximas a Lula
inclui os ex-ministros Antônio Palocci e Luiz Marinho, atual prefeito de São
Bernardo (MP), além do ministro Aloizio Mercadante (Educação), cuja proximidade
maior é com a presidente Dilma Rousseff.
A conexão de autoridades e ex-autoridades do governo Lula
com o submundo da corrupção está pormenorizado em um relatório da Coordenação
Geral de Pesquisa e Investigação da Corregedoria Geral da Receita Federal, que
recomenda a quebra de sigilo fiscal e bancários de mais de vinte empresas,
incluindo a de Luis Claudio Lula, LFT Marketing, alvo de busca e apreensão da
Polícia Federal na última segunda-feira.
A Receita também recomendou a quebra de sigilo de 28
pessoas, como Gilberto Carvalho, ex-ministro e ex-chefe do Gabinete Pessoal de
Lula, o mais íntimo ministro do ex-presidente.
O cita anotações apreendidas em poder de Marcondes sobre um
[contato telefônico e pessoal com [Lula]. No documento [Pendências dr. Mauro
Marcondes], de 16 de agosto de 2013, aparece a mensagem [Colocar Dr.. Mauro em
contato com o Presidente Lula. Instituto Lula], e seguem os números telefônicos
da entidade e de [Maria Clara].
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