PARA JAQUES WAGNER, CUNHA CAI ANTES DA PRESIDENTE DILMA

O chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou nesta
terça-feira, 29, que um impedimento do presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está mais perto do que o da presidente Dilma Rousseff.
A declaração foi dada em entrevista ao canal de jornalismo Globo News. Wagner
afirmou que Dilma não cometeu nenhum crime e que Cunha responde a um processo
no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara.

[Eu não sou juiz, não sou da Polícia Federal (PF), não sou
do Ministério Público (MP) nem do Conselho de Ética. Mas ele tem um processo no
Conselho de Ética que foi admitido e pode até chegar à pena de cassação; tem
denúncia feita pelo MP ao Supremo Tribunal Federal (STF). Então, quem sabe,
ele, até mais rapidamente do que ela, pode ter seu mandato interditado], disse
o chefe da Casa Civil.

De acordo com Wagner, é [curioso] que Cunha fale como se
nada estivesse acontecendo com ele. O chefe da Casa Civil disse que, quando
Cunha declara que o governo ficará [capenga] por três anos se Dilma conseguir
barrar o impeachment no Congresso, fala de um [desejo] próprio, não de uma
[leitura real].

[Pedaladas]. O ministro disse, ainda, que as pedaladas
fiscais apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) não são um crime, mas
um [erro na gestão do Orçamento]. Para ele, há uma diferença entre erro e crime
e, ao quitar as [pedaladas], o governo zera essa conta e abre 2016 com um
ambiente mais [arejado] e[propício] para o crescimento da economia.

Wagner afirmou que o crescimento da economia [pesou] mais do
que uma eventual proteção contra processos na decisão de se quitar as
[pedaladas]. [Prepara 2016 para ser um ano que comece num ambiente melhor, mas
é óbvio que atende também a essa questão de corrigir o erro apontado pelo TCU],
afirmou. (AE).

Foto- Valter-Campanato-Agência Brasil