A Polícia Federal anexou aos autos do inquérito da Operação
Lava Jato que investiga a Odebrecht, maior empreiteira do País, fotos e
planilhas com dados pessoais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do
sócio dele na LILS Palestras, Eventos e Publicações, Paulo Okamotto. A LILS foi
criada para administrar a rotina de contratos de Lula com empresas.
A PF juntou ao documento cópia do Pedido de Compra 5318,
datado de 4 de julho de 2013, emitido pela Odebrecht e tendo como [fornecedora]
a LILS, no valor de R$ 400 mil, para [apresentação de palestras].
Os investigadores incluíram esse documento aos autos para
reforçar a linha de investigação sobre as relações do ex-presidente com a
Odebrecht, que está sob suspeita de ter integrado cartel para fraudar
licitações bilionárias da Petrobras no período entre 2004 e 2014 (governos Lula
e Dilma). [Conforme se apurou da investigação, os representantes das empresas
do Grupo Odebrecht associaram-se aos administradores de grandes empreiteiras
com atuação no setor de infraestrutura para, de forma estável e permanente, com
abuso do poder econômico, cometer crimes e dominar o mercado de grandes obras
de engenharia civil, eliminando a concorrência], diz a PF.
Sobre os R$ 400 mil recebidos, a LILS recolheu a título de
impostos R$ 8 mil aos cofres municipais de São Bernardo do Campo, onde fica a
sede da LILS e a residência de Lula.
Em um trecho do relatório, a PF faz alusão a dado atribuído
pela revista Veja, em agosto, ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras
– órgão de inteligência do Ministério da Fazenda – sobre movimentação de R$ 27
milhões da LILS entre abril de 2011 e maio de 2015. Desse total, R$ 10 milhões
teriam como depositantes empreiteiras envolvidas na Lava Jato. (Diário do
Poder)
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