O juiz Vallisney de Souza
Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, autorizou o arrolamento do
ex-presidente Lula para depor como testemunha do lobista Alexandre Paes dos
Santos, o APS, preso por envolvimento no suposto esquema de [compra] de medidas
provisórias (MP 471/2009 e MP 512/2010) no governo federal à época da
presidência do petista.
Além de Lula, o juiz que conduz a
ação penal sobre o caso, investigado na Operação Zelotes, intimou mais 11 pessoas.
As oitivas estão marcadas para o fim deste mês.
O magistrado também autorizou a
oitiva do ex-ministro e ex-chefe de gabinete de Lula Gilberto Carvalho. A
Polícia Federal acredita que Carvalho atuou em [conluio] com um dos lobistas do
caso. Outro arrolado foi o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), que relatou a
medida provisória 471 na Câmara.
A ação penal mira 16 pessoas,
acusadas pelo Ministério Público Federal (MPF) de atuar num esquema de lobby e
pagamento de propina para viabilizar as medidas provisórias que favoreceram
empresas do setor automotivo com benefícios fiscais.
Os investigadores suspeitam que
um dos filhos de Lula, o empresário Luís Cláudio Lula da Silva, tenha recebido
recursos relacionados a uma terceira norma, a MP 627/2013, assinada pela
presidente Dilma Rousseff.
Uma das empresas de Luís Cláudio,
a LFT Marketing Esportivo, obteve R$ 2,5 milhões, entre 2014 e 2015, de uma das
empresas denunciadas por pagar propina no esquema. (Diário do Poder)
FOTO: RICARDO STUCKERT