OBAMA VAI PEDIR US$ 1,8 BILHÃO AO CONGRESSO PARA COMBATER ZIKA

O governo norte-americano vai pedir ao Congresso para
libertar US$ 1,8 bilhão para financiar ações de prevenção ao vírus Zika,
anunciou hoje (8) a Casa Branca, em comunicado.

A maioria dos casos de infeção pelo vírus nos Estados Unidos
é de pessoas que viajaram para as zonas mais infestadas pelos mosquitos que
transmitem a doença.

As autoridades sanitárias norte-americanas confirmaram ainda
um caso de transmissão por via sexual.

Os fundos deverão ser usados para preparar melhor o país
para o impacto da doença que está se propagando muito rapidamente na América do
Sul e Central, bem como em Porto Rico, que é um território norte-americano.

As autoridades temem especialmente que, com a chegada da
primavera e o verão, os mosquitos portadores do Zika consigam chegar aos
estados meridionais dos Estados Unidos.

O continente americano é o que registra casos do vírus,
sobretudo na sub-região da América do Sul, com mais de 1,5 milhões no Brasil e
mais de 20 mil na Colômbia.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que o recente
aumento de casos de microcefalia e de desordens neurológicas em bebês na
América Latina constitui uma emergência de saúde pública de alcance
internacional, adiantando que existe uma forte suspeita de que o aumento dos
casos seja causado pelo vírus Zika.

A microcefalia é um distúrbio de desenvolvimento fetal que
resulta num perímetro do crânio infantil abaixo do normal, com consequências no
desenvolvimento do bebê. O vírus Zika também é suspeito de causar a síndrome
neurológica de Guillain-Barré, que pode levar a uma paralisia definitiva.

Os sintomas e sinais clínicos da infeção pelo vírus,
transmitida (de forma comprovada) aos seres humanos por picada de mosquitos
Aedes aegypti, também vetor de transmissão do vírus do dengue, da febre
chikungunya e da febre amarela, são muito parecidos com os da gripe, provocando
febre, erupções cutâneas, dores nas articulações, conjuntivite, dores de cabeça
e musculares.

Geralmente, os sintomas começam a desaparecer quatro ou
cinco dias depois. O período normal de incubação varia entre três a 12 dias. (ABr)

FOTO: MICHAEL REYNOLDS/ EBC/LUSA

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