Com a maioria (seis) dos ministros favoráveis, o Supremo
Tribunal Federal (STF) aceitou a denúncia contra o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O
resultado é apenas parcial, pois existe a possibilidade, incomum, de os ministros
mudarem seus votos até a proclamação oficial. Marco Aurélio Mello, Luiz Edson
Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Cármen Lúcia acompanharam
integralmente o voto do relator.
O relator do caso, o ministro Teori Zavascki optou pelo
acolhimento parcial da denúncia, a partir de 2011, por reconhecer que Cunha não
participou do início da negociação dos contratos dos navios-sonda com a
Petrobras. De acordo com Teori, não há provas de prática criminosa entre 2006 e
2009, mas haveria a participação do presidente da Câmara na cobrança de
parcelas atrasadas de propina.
Cunha se tornou [partícipe, ao incorporar-se à engrenagem
espúria protagonizada pelo funcionário da Petrobras Nestor Cerveró, Júlio
Camargo e Fernando Soares], disse o ministro.
Apesar da situação desfavorável, Eduardo Cunha nega as
acusações e disse que situação não muda nada, pois continuará nas funções de
presidente da Câmara dos Deputados. (Diário do Poder)
Foto: Lula Marques agencia pt