A presença de Eduardo Cunha (PMDB) na presidência da Câmara
é vista com alívio pelo governo, e isso não significa qualquer acordo, nem
tampouco que os petistas fizeram as pazes com o deputado do PMDB-RJ. O Palácio
do Planalto e o PT investem em iniciativas, na mídia e no Congresso, para
manter os brasileiros focados nas denúncias contra Cunha. É o caminho para que
a proposta de impeachment perca força.
Com Eduardo Cunha na Câmara, os brasileiros são levados a um
falso dilema: discutir quem preferem tirar do cargo, Dilma ou Cunha.
Apesar de o impeachment ser defendido por 70 dos
brasileiros, a oposição reluta em apoiar a proposta para [não se misturar] a
Cunha.
O presidente tucano Aécio Neves, que morre de medo das ruas,
diz apoiar o protesto pró-impeachment, dia 13. Mas não fala no assunto.
O deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE) admite que o
maior escudo protetor de Dilma contra o impeachment é Eduardo Cunha. (Diário do
Poder).
Foto Roberto Stuckert Filho