A cúpula do PSB reuniu-se com a bancada do partido na Câmara
nesta quarta-feira, 9, para discutir a atual crise política. A partir do
encontro, ficou decidido que a sigla defenderá a realização de novas eleições
para presidente da República e vice-presidente simultaneamente às eleições
municipais deste ano.
Em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, o
partido tomará decisão mais adiante, apesar de deputados afirmarem que a
maioria da bancada é favorável ao impedimento da petista.
Os quatro indicados para integrar a comissão que julgará a
admissibilidade do processo se comprometeram a seguir a posição a ser definida
pela legenda. [Preferimos, ao invés de impeachment, a realização de novas
eleições], disse o presidente do PSB, Carlos Siqueira. A posição
majoritária não foi consensual. Alguns representantes do partido defenderam a
realização de eleições gerais, mesma tese defendida ontem pelo líder do
governista PSD, Rogério Rosso (DF).
Os parlamentares avaliaram que a convocação de eleições
gerais sanaria duas consequências das opções hoje colocadas. Eles temem que a
cassação da chapa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permita que o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), assuma a presidência da
República. Já quanto ao impeachment, a ressalva é que, com a saída de Dilma,
assumiria o vice-presidente Michel Temer.
O partido também decidiu manter a obstrução das votações na
Câmara, assim como os demais partidos da oposição. Mas a prioridade do PSB não
será a realização do processo de impeachment, mas a saída de Cunha, réu na Lava
Jato. [A prioridade é Eduardo Cunha para que ele não prejudique qualquer outro
processo aqui], afirmou Beto Albuquerque, vice-presidente de Relações Governamentais
do PSB. (Diário do Poder).
Foto: Chico Ferreira PSB