O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki
homologou nesta terça-feira (15) a delação premiada do senador Delcídio do
Amaral (PT-MS). Dessa forma, o acordo passa a ter validade jurídica, inclusive
como evidência no processo, em confirma que a delação cumpre as regras
estabelecidas pela lei.
O acordo de delação premiada do ex-Líder do Governo Dilma no
Senado foi revelado em primeira mão pelo Diário do Poder, e várias vezes negado
por sua defesa.
Depois, a revista IstoÉ revelou parte de um primeiro
depoimento de Delcídio, revelando entre outras coisas que ele obedecia a
orientação do ex-presidente Lula quando propôs ao ex-diretor da Petrobras
Nestor Cerveró, por meio do seu filho Bernardo, uma propina mensal e até rota
de fuga do País, em troca do seu silêncio. Cerveró negociava na época acordo de
delação com a Lava Jato.
A delação de Delcídio foi firmada com a Procuradoria Geral
da República (PGR) e a defesa do ex-líder do governo Dilma preso. Com a
homologação, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pode pedir novas
investigações ao STF, baseadas em fatos narrados e anexar novos elementos a
inquéritos já em andamento.
O sigilo do teor da delação de Delcídio também vai ser
retirado ainda nesta terça-feira, como determinou o ministro Teori, entretanto
algumas partes já foram reveladas pela revista [Istoé], onde são citados os
nomes da presidente Dilma e do ex-presidente Lula, além de políticos do PMDB,
PTB, PT, PP etc. (Diário do Poder)
Foto: Geraldo Magela