O juiz federal substituto de Assis (SP) Luciano Tertuliano
da Silva aceitou, nesta sexta-feira (18), um pedido de liminar para suspensão
da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da
Casa Civil do governo Dilma Rousseff.
Essa é a terceira liminar (decisão provisória) que impede
que Lula assuma o cargo, para o qual tomou posse na quinta-feira.
Pouco antes da decisão do juiz de Assis, o Tribunal Regional
Federal da 2ª Região (TRF-2) havia derrubado uma liminar da 6ª Vara da Justiça
Federal no Rio de Janeiro que suspendia a nomeação de Lula. A decisão foi
proferida em pedido apresentado pela
Advocacia Geral da União (AGU), que defendo o governo na Justiça.
Na véspera, caiu outra liminar, desta vez da Justiça Federal
do DF, que também impedia o ex-presidente de assumir a Casa Civil.
Ação popular
O pedido aceito pelo juiz de Assis foi feito como ação
popular contra a presidente Dilma Rousseff por ter nomeado o ex-presidente para
exercer o cargo de ministro.
O juiz explica na decisão que a nomeação é um ato
administrativo nulo, pois concede ao nomeado o direito à prerrogativa de foro,
enquanto investigado na Operação Lava Jato.
Ao G1, a assessoria da AGU informou que ainda não foi
comunicada da liminar da Justiça Federal de São Paulo, mas ressaltou que vai
recorrer da decisão assim que for notificada.
Supremo
Nesta quinta-feira, a AGU entrou com um pedido no Supremo
Tribunal Federal (STF) para suspender todas as ações na Justiça brasileira que
pedem a suspensão da posse de Lula como ministro-chefe da Casa Civil.
Para a AGU, as várias ações em trâmite podem trazer
[insegurança jurídica], com decisões judiciais contraditórias. Por isso, pede
que tudo seja suspenso até que o STF se manifeste sobre o assunto.
Só na Suprema Corte, existem ao menos nove ações que pedem a
saída de Lula do ministério. O pedido da AGU lista outras 23 ações já protocoladas
na Justiça Federal.
Do G1 Bauru e Marília