O presidente nacional do Partido Progressista (PP), Ciro
Nogueira (PI), informou há pouco que a agremiação continuará apoiando o governo
Dilma Rousseff. Nogueira negou negociações no balcão do impeachment, mas ele
não tem feito outra coisa.
O PP é um dos partidos mais atingidos pelas investigações da
Operação Lava Jato. O próprio Ciro Nogueira foi citado em denúncias de
corrupção envolvendo o escândalo de gatunagem na Petrobras iniciada no governo
Lula, em 2004.
Já no dia seguinte ao rompimento do PMDB, Dilma ofereceu a
Nogueira a indicação do titular do Ministério da Saúde, cargo que vem sendo
ocupado por um adversário dele no Piauí, o deputado Marcelo castro (PMDB).
Além de ministérios, Dilma disponibilizou a Ciro Nogueira,
com quem esteve pessoalmente, cargo ambicionados por políticos nordestinos como
a direção-geral do DNOCS, o Departamento Nacional de Obras Contas as Secas, que
vinha sendo controlado pelo ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves.
Ciro Nogueira é sucessor de Severino Cavalcante na liderança
do PP. Severino o tratava como a um filho por sua estreita amizade com o pai do
senador. Severino foi quem celebrizou o princípio de que ao PP interessarão
sempre [cargos que furam poço]. (Diário do Poder)
Foto: AG. Senado