TOFFOLI DIZ QUE ALEGALJÃO DE [GOLPE] OFENDE AS INSTITUIÇÕ•ES BRASILEIRAS

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF),
que atuou como advogado do PT antes de ser nomeado para o cargo pelo então
presidente Lula, refutou enfaticamente nesta quarta-feira a insistência da
presidente Dilma Rousseff de chamart de ?golpe? o processo de impeachment.

Falar em golpe, segundo Toffoli, é uma ofensa às
instituições brasileiras, ainda mais no exterior. Dilma viaja nesta
quinta-feira para Nova York a pretexto de participar de um encontro na sede das
Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre clima, mas seu objetivo é discursar
[denunciando] um [golpe] em curso no Brasil.

Dias Toffoli considera mesmo que falar que o processo de
impeachment é um golpe depõe e contradiz a própria atuação da defesa da
presidente, que tem se defendido na Câmara dos Deputados, agora vai se defender
no Senado, se socorreu do Supremo Tribunal Federal, que estabeleceu parâmetros
e balizas garantindo a ampla defesa.

Em suas declarações, feitas ao Jornal Nacional, [alega que
há um golpe em andamento é uma ofensa às instituições brasileiras, e isso pode
ter reflexos ruins inclusive no exterior porque isso passa uma imagem ruim do
Brasil]. Ele sustenta que uma [atuação responsável] da presidente [seria fazer
a defesa e respeitar as instituições brasileiras e levar uma imagem positiva do
Brasil para o mundo todo, que é uma democracia sólida, que funciona e que suas
instituições são responsáveis].

A lorota do [golpe] foi rechaçada também pelo decano do
Supremo Tribunal Federal, ministro Celso de Mello, e pelo ministro Gilmar Mendes.
Mello chegou a dizer que é [equívoco gravíssimo] falar em golpe, e que será
estranho se a presidente defender esse argumento no exterior. Gilmar Mendes
afirmou também que a intervenção do Supremo, ao determinar o rito a ser seguido
pela comissão da Câmara, indica [que as regras do Estado de Direito estão sendo
observadas]. (Diário do Poder]

(FOTO: NELSON JR)

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