Logo após o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que
o afastou do cargo de presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) criticou a decisão do plenário, que referendou a liminar do ministro
relator da Operação Lava Jato, Teori Zavascki.
A decisão da Corte partiu de um pedido do procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, feito em dezembro de 2015. Para Janot, o
peemedebista usava o cargo para atrapalhar as investigações da Operação Lava
Jato e a análise do processo de cassação de seu mandato no Conselho de Ética da
Câmara.
Para Cunha, a demora de 6 meses para a liminar ser expedida
é algo [duvidoso]. Ele também criticou a [interferência] do STF na Câmara e
afirmou que vai recorrer da decisão.
[Não renuncio a nada, nem ao mandato nem à presidência. Vou
recorrer], disse o deputado afastado em entrevista coletiva.
Cunha afirmou que está sofrendo uma retaliação. [Estou
sofrendo e vou sofrer retaliação pelo processo de impeachment.]
[Não diria que liderei o impeachment, cumpri minha função],
disse.
Ele comparou a sua condição com a do senador Delcídio do
Amaral (sem partido-MS), que foi preso por tentar atrapalhar as investigações
da Lava Jato. [Delcídio teve prisão decretada e não teve o mandato suspenso],
afirmou Cunha. (Diário do Poder)
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