SENADO APROVA IMPEACHMENT DE DILMA POR 55 X 22, COM DUAS AUSÊNCIAS

O Senado aprovou às 6h39 desta quinta-feira (12), por 55
votos a 22 a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma, em
uma sessão que durou mais de vinte horas. Ouvem-se fogos de artifício em
Brasília. Com a aprovação, Dilma foi afastada do cargo por até 180 dias,
enquanto é julgado o mérito do processo. O vice-presidente Michel Temer, que
assume o cargo, deve fazer um pronunciamento à Nação às 15h.

O presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) não votou – ele só
votaria em caso de empate. Dois senadores, de licença médica, se ausentaram:
Jader Barbalho (PMDB-PA) e Eduardo Braga (PMDB-AM). A sessão começou às 10h
desta quarta-feira (11) e seguiu ao longo do dia e da noite.

A presidente afastada Dilma Rousseff continuará morando no
Palácio da Alvorada, com direito a usar jatinhos da Força Aérea Brasileira
(FAB) e usufruir de uma equipe de 20 assessores e mais 80 auxiliares, entre
copeiras, garçons, faxineiras etc. Mas o salário de Dilma será reduzido pela
metade, como manda a Lei 1.079/50, a Lei do Impeachment.

Com o ministério montado, o vice-presidente Michel Temer
ocupará, nesta quinta-feira (12), a Presidência da República. O maior desafio
do presidente interino será recuperar a economia brasileira. Para tanto, já
definiu o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles como ministro da
Fazenda.

Dilma responderá pelo crime de responsabilidade em
decorrência das pedaladas fiscais comprovadas pelo Tribunal de Contas da União
(TCU) e, uma vez condenada no Senado, responderá a ação penal no Supremo
Tribunal Federal. (Diário do Poder)

Foto: Beto Barata

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