A estatal Empresa Brasil de Comunicação (EBC), responsável
pela TV Brasil, foi transformada em cabide de boquinhas para amigos de Dilma,
do antecessor Lula e do PT. Milhões de reais dos contribuintes foram
desperdiçados em programas de amigos petistas. Um deles, o diretor de teatro
Aderbal Freire Jr, casado com a atriz Marieta Severo, recebia R$ 91 mil por
mês, cinco vezes mais que o presidente da própria EBC. A informação é da Coluna
Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Sócia da FBL, produtora do [ABZ do Ziraldo] levava R$ 717
mil/ano, Rozane Braga assinou manifesto [anti-golpe]. Inútil: foi cancelado. O
programa [Papo de Mãe], de Mariana Kotscho, filha de ex-assessor de Lula,
custava ao contribuinte R$ 2,4 milhões/ano. Foi cancelado.
O programa [Observatório da Imprensa], comandado por Alberto
Dines, faturava R$ 233 mil por mês e R$ 2,8 milhões ao ano na estatal EBC. O
programa [Expedições], produzido pela empresa Roberto Werneck Produções, teve o
contrato de R$ 1,6 milhão cortado pela metade.
Totais
O governo Dilma havia destinado um total de R$ 1,012 bilhão.
Planilha do Ministério das Cidades, a qual o Diário do Poder teve
acesso com exclusividade, mostra que das 60 mil unidades previstas para serem
levantadas pelas entidades que receberam o dinheiro, foram entregues apenas
cerca de 7 mil, menos de 10 do total.
Entre os 388 movimentos, a Associação dos Trabalhadores Sem
Teto da Zona Noroeste Leste I, de São Paulo, recebeu R$ 2,7 milhões para
construir 400 casas. Para a Associação por Habitação com Dignidade, também de
São Paulo, foram repassados R$ 2 milhões para erguer 350 casas.
A Associação Habitacional de Rondônia recebeu, segundo o
relatório, R$ 6 milhões para construir o Residencial Esperança com 200
habitações. A obra, orçada inicialmente em R$ 12 milhões, tinha prazo para
conclusão em outubro de 2015, mas virou um grade canteiro de obras e está
paralisada há dois anos.
Chamou a atenção do Ministério das Cidades a diferença no
valor repassado a movimentos que deveriam, em tese, levantar a mesma quantidade
de casas. A União por Moradia Popular do Estado do Paraná (UMP-PR), por
exemplo, recebeu R$ 15 mlhões para construir 162 casas. Já a Associação
Comunitária Ananias Alves Azevedo recebeu [apenas] R$ 3 milhões para 167 casas.
O Movimento Habitacional e Ação Social (Mohas), de São
Paulo, recebeu R$ 3,7 milhões para 190 casas, enquanto que a Cooperativa
Habitacional Giusepe Garibaldi, no Rio Grande do Sul, recebeu em janeiro de
2014 quase a mesma quantia – R$ 3,4 milhões – para mais que dobro de casas, 400
unidades. Apesar do volume repassado, o Mohas divulga em seu site que é uma
[organização sem fins lucrativos].
O Movimento Pelo Direito a Moradia (MDM) recebeu R$ 1,9
milhão para 228 casas. E o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra Leste I (SP)
pediu quase R$ 4 milhões para construir 198 casas, mas este não teve a mesma
sorte das outras entidades e não foi contemplado.
Recordistas
Na Planilha do Ministério das Cidades os movimentos que mais
receberam dinheiro do governo Dilma foram Associação Esperança de Um Novo
Milênio, União por Moradia Popular do Estado do Paraná, Associação das Donas de
Casa do Bairro Caranã, Associações Solidárias Unidas (ASSUNI), Associação
Habitacional de Ipatinga, Associação Pró Moradia Liberdade, Movimento Nacional
de Interesse Social (MNIS) e Associação dos Moradores do Acampamento Esperança
de Um Novo Milênio. Juntos, receberam mais de R$ 150 milhões.
Pente fino
O ministro das Cidades, Bruno Araújo, disse nesta
sexta-feira (20), em Recife, que vai pedir ao Tribunal de Contas da União
(TCU), na próxima semana, uma auditoria no programa Minha Casa, Minha Vida. [Essa
auditoria é para eu, enquanto gestor público, me proteger do que foi feito no
passado. E para que o próprio tribunal, que já tem indicativos, possa continuar
contribuindo com elementos técnicos que vem encontrando no aperfeiçoamento do programa],
explicou.
Bruno Araújo afirmou que vai buscar ministros do TCU para
tratar do assunto. Segundo o ministro, o eventual trabalho do TCU não vai
atrasar ou suspender o andamento do programa social. (Contribuiu: Elijonas
Maia/Diário do Poder)
EM ESPIGÃO (RO), OBRAS PARADAS