A exoneração de cinco
secretários, prevista para ser confirmada nesta quarta-feira (1º) no Diário
Oficial de Salvador, tenta manter viva uma disputa pela vaga de vice do
prefeito ACM Neto (DEM). Como anunciado pela prefeitura, despedem-se do
primeiro escalão Luiz Carreira (PV), Bruno Reis (PMDB), Guilherme Bellintani
(DEM), Silvio Pinheiro (PSDB) e João Roma (PRB). No entanto, apenas dois nomes
parecem seguir numa disputa mais clara: Luiz Carreira e Bruno Reis, com o
peemedebista à frente no processo após a ascensão do partido ao Palácio do
Planalto. O ex-titular da Sucom, conforme aventado, teria como destino o
controle do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e aguarda a
nomeação no Diário Oficial da União para deixar formalmente a disputa. Para
utilizar um eufemismo típico do ambiente político: não reuniu condições
políticas, o que, traduzindo, significa que não conseguiu acender o cachimbo da
paz com os caciques políticos do PSDB, responsável por avalizar a permanência
dele na disputa. Roma, homem de confiança de ACM Neto, deixa o cargo para
manter o passe do PRB valorizado e deve aproveitar o afastamento da chefia de
gabinete para intensificar a preparação do terreno político para as eleições de
2016. Já o secretário de Educação, considerado uma das surpresas do primeiro
escalão de ACM Neto, seria alçado à condição de candidato caso o prefeito
desistisse da reeleição. Diante do cenário favorável a um segundo mandato do
democrata, dificilmente Bellintani teria o papel a ele reservado e, num cenário
de coligações em busca de tempo de rádio e TV, é praticamente impossível uma
chapa pura sangue do DEM na corrida eleitoral, inabilitando-o para disputar a
vaga de vice. Além da possibilidade uma outra função na esfera federal, não
descartada por interlocutores ligados ao prefeito. (Fernando Duarte – Bahia
Noticias)
Carreira e Reis seriam polos |
Fotos: Montagem/ Bahia Notícias