A Comissão do Impeachment, no Senado Federal, quer analisar
e votar na próxima reunião o parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre
as contas da presidente afastada, Dilma Rousseff, em 2015. Na manhã desta
sexta-feira (10), o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) protocolou o pedido na
comissão. A intenção é acolher o material como prova para a acusação.
A sessão começou a ouvir as testemunhas de acusação na
última quarta-feira (8). Foram quase 15 horas de reunião. Por conta disso, a
sessão que estava marcada para o dia seguinte acabou adiada para segunda-feira
(13). Na quarta foram ouvidas quatro testemunhas de acusação: Júlio Marcelo de
Oliveira, procurador do Tribunal de Contas da União (TCU); Antonio Carlos Costa
dÁvila Carvalho, auditor do TCU; Adriano Pereira de Paula, coordenador-geral de
operações de crédito do Tesouro Nacional, e Otávio Ladeira de Medeiros,
secretário adjunto do Tesouro desde dezembro de 2015.
Estratégia dos aliados de Dilma é ganhar tempo. A defesa
havia pedido a inclusão no processo das gravações do ex-presidente da
Transpetro Sérgio Machado com os senadores Renan Calheiros, Romero Jucá e com o
ex-presidente José Sarney. No entanto, o presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), Ricardo Lewandowski, não aceitou o pedido. A defesa queria ainda
realizar uma perícia externa nos documentos do Tribunal de Contas da União
(TCU), que apontam as [Pedaladas fiscais].
A defesa de Dilma terá direito de ouvir até 40 testemunhas,
oito para cada uma das cinco irregularidades apontadas à presidente afastada.
(Diário do Poder).
Foto -Moreira Mariz – Ag senado