A manhã desta segunda-feira (13) foi de festa no plenário da
Assembleia Legislativa. O título de cidadão baiano, aprovado por unanimidade
pelos deputados, foi entregue, em meio a homenagens, ao forrozeiro paraibano, e
agora baiano, Genival Lacerda. O cantor e compositor recebeu a honraria das
mãos do presidente Marcelo Nilo, com muita felicidade, como reconhecimento pela
carreira de sucesso desse artista que leva a tradição nordestina por onde
passa.
[Genival nasceu em Campina Grande por decisão de duas
pessoas, seu pai e sua mãe, mas hoje se torna baiano por decisão de 15 milhões
de baianos. A Bahia de Gilberto Gil, Ivete, Caetano, Maria Betânia, e tantos
outros grandes músicos, agora também é de Genival Lacerda, disse Marcelo Nilo.
A sessão foi aberta com o músico Del Feliz cantando, em
ritmo de forró, o Hino Nacional Brasileiro e seguiu com uma série de
homenagens, como a apresentação do documentário feito pela jornalista Carolina
Paiva, [Genival Lacerda ? O rei da Munganga].
O proponente da homenagem, deputado Nelson Leal (PSL) fez
questão de destacar a importância do músico para a música nordestina. [É uma
homenagem mais que justa. Genival é um dos ícones da nossa terra, e temos hoje
a oportunidade de admirar nossa cultura. O forró é a nossa música raiz],
finalizou.
Com mais de 60 anos de carreira, o ícone da tradição
nordestina, com o seu já característico bom humor e irreverência, subiu ao
palco do plenário para agradecer a homenagem, e aproveitou para cantar um dos
seus maiores sucessos, [Severina Xique Xique], divertindo os presentes. [É uma
enorme felicidade e um prazer receber uma homenagem, com meus 65 anos de carreira],
finalizou Genival. Estiveram presentes ainda os forrozeiros Val Macambira,
Paulo Góes, que cantou em homenagem a Genival e o deputado federal Luiz
Caetano, amigos, familiares e admiradores do novo cidadão baiano.
Nascido em 15 de abril de 1931, na cidade de Campina Grande,
na Paraíba, Genival Lacerda iniciou a sua carreira na década de 50. Gravou o
primeiro disco em 1955, e a partir de então virou referência de humor e
musicalidade, com clássicos do forró como [Severina Xique Xique], [De quem é
esse jegue?], [Radinho de pilha] e tantas outras. (Amem)