O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal
(STF) ordenou a quebra do sigilo bancário do presidente interino da Câmara dos
Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA). A decisão ocorre após a Procuradoria-Geral
da República apontar, em petição, [fortes indícios] de envolvimento do
parlamentar em fraudes com institutos de previdência de servidores públicos. A
decisão foi tomada no último dia 27.
A investigação está vinculada a uma delação premiada que
tramita em segredo no STF. Há suspeitas de que Maranhão, mediante [recebimento
de vantagem indevida, teria atuado em diversas prefeituras em favor de esquema
fraudulento de investimento nos regimes de Previdência] de prefeituras.
A ação contra o parlamentar é um desdobramento da Operação
Miqueias, deflagrada pela PF em setembro de 2013. Na ocasião, os investigadores
detectaram uma rede de empresas de fachada usadas para lavagem de dinheiro que
estariam sob controle de um dos principais doleiros de Brasília, Fayed Antoine
Traboulsi.
A defesa de Maranhão diz que a quebra de sigilo bancário é [absolutamente
normal dentro de um procedimento investigatório] e que ele está disposto a
prestar esclarecimentos. O parlamentar nega as acusações. (Diário do Poder).
Foto: Gustavo-Lima-Ag-Camara