ELEILJÃO PARA PRESIDENTE DA C‚MARA TEM RODRIGO MAIA E ROGɉRIO ROSSO NO 2º TURNO

O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), com 120
votos, e o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), com 106 votos, disputarão o segundo
turno da eleição para presidente da Câmara dos Deputados, em vaga aberta com a
renúncia do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência.

No segundo turno, será eleito o candidato que obtiver maioria
simples. A nova votação ocorrerá a partir das 22h50, uma hora depois do
encerramento da primeira votação.

Confira os votos dos demais candidatos:

Marcelo Castro (PMDB-PI): 70
Giacobo (PR-PR): 59
Esperidião Amin (PP-SC): 36
Luiza Erundina (Psol-SP): 22
Fábio Ramalho (PMDB-MG): 18
Orlando Silva (PCdoB-SP): 16
Cristiane Brasil (PTB-RJ): 13
Carlos Henrique Gaguim (PTN-TO): 13
Carlos Manato (SD-ES): 10
Miro Teixeira (Rede-RJ): 6
Evair Vieira de Melo (PV-ES): 5

Não houve votos em branco.

Experiência
No discurso em Plenário, o deputado Rodrigo Maia destacou sua biografia e se
disse pronto para assumir o comando da Casa. [Ofereço a dimensão da experiência
que acumulei em quase 20 anos aqui dentro e a correção pela qual pautei minha
vida pública], disse Maia.

Citando a crise econômica que atinge o País e a crise política
por que passa o Parlamento, o deputado afirmou que as repúblicas nunca se
consolidam sem a força dos parlamentos.

[Quando a Câmara é atacada ou mal defendida, é cada um dos
nossos mandatos que atacam], disse Maia. [Sei que estou pronto para navegar
nessa tormenta, que passará. A Câmara, o Congresso e o Brasil são maiores que
qualquer crise], finalizou.

Maia ainda citou o exemplo de ex-presidentes da Câmara, como
Ulysses Guimarães, Ibsen Pinheiro, Aécio Neves e Luís Eduardo Magalhães para
reforçar como pretende pautar seu mandato, caso seja eleito. [É preciso
resgatar os bons modos de fazer política. Palavra empenhada é palavra
cumprida], declarou.

[O papel do presidente é buscar consenso, mas quando isso não é
possível cabe ao presidente usar a chave da democracia], disse Maia, citando o
ex-presidente da Casa, Luis Eduardo Magalhães.

Estabilidade do governo
Já o deputado Rogério Rosso afirmou que, caso eleito presidente da Câmara, sua
plataforma de trabalho será cumprir a Constituição; respeitar as instituições;
honrar a atividade parlamentar; e integrar as frentes parlamentares.

Segundo Rosso, qualquer um que seja eleito presidente precisa
garantir a governabilidade e a estabilidade do governo do presidente da
República interino, Michel Temer. [Fico pensativo quando se fala em golpe.
Cumprir a Constituição não é golpe e é isso que temos de fazer.] O deputado
afirmou que quem for eleito tem obrigação constitucional de colocar em votação
as matérias de interesse do País.

A eleição para um mandato de apenas seis meses reflete, na
opinião de Rosso, um momento atípico do Parlamento. [Não será [momento] de
inventar a roda, mas de trabalhar com estabilidade e previsibilidade para
voltar à normalidade dos trabalhos. A votação precisa ter um significado de
confiança, de renovação da Câmara], disse Rosso.

O deputado disse que tanto ele quanto o PSD respeitarão a
decisão do Plenário. [O que mais queremos é que o Brasil volte a gerar emprego], afirmou.

Agência Câmara

Foto: Maryanna Oliveira

Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos
Deputados