O ex-prefeito de Feira de Santana Tarcízio Pimenta
(PHS), que seria candidato a deputado estadual após a derrota na última eleição
municipal, abriu mão de disputar o pleito deste ano. Ele vai realizar uma
entrevista coletiva ainda esta semana para explicar os motivos da decisão. Ao
Bahia Notícias, o ex-gestor feirense adiantou que problemas políticos afetaram
a sua aspiração de voltar à Assembleia Legislativa. “Eu não estou muito
animado. Política é um negócio complexo. Eu, mesmo sendo prefeito, ajudei
muitos vereadores aqui, mantive contato, alguns prefeitos que se elegeram
tiveram apoio nosso e, de repente, quando você começa a fazer uma checagem, a
gente começa a ver uma debandada. Outros interesses, outros chamamentos… uns
dizem que querem apoiar, mas aquele apoio subjetivo. Então, fica difícil
enfrentar uma campanha nessa situação”, avaliou Pimenta, que não aguardará
sequer a convenção partidária para oficializar a retirada do nome. “A
pressão é muito grande em cima da gente. A cada dois anos os profissionais da
política se apresentam”, completou. Segundo ele, o que o deixa mais
preocupado é a não concretização da prometida dobradinha com o deputado federal
Fernando Torres (PSD), que não o abandonou após o rompimento com o atual
prefeito local José Ronaldo (DEM). “Fico triste porque queria dar um apoio
maior ao Fernando, mas fica difícil. Vou votar nele, mas não vou disputar”,
ponderou. Médico-cirurgião, Tarcízio Pimenta retomou o jaleco e voltou a atuar
como professor universitário. Sua atenção agora será dedicada à possibilidade
de reeleição da mulher, a deputada estadual Graça Pimenta (PMDB). “Ela
deve ser candidata. Vamos concentrar os esforços para ela ser candidata, mas
vamos ver como isso vai se desenhar. O meu problema não é ser candidato para
ficar 60 dias sem trabalhar”, alfinetou, em relação ao recesso parlamentar
na AL-BA. Além da ruptura com Ronaldo, um dos motivos para a debandada de
adesão ao ex-prefeito são denúncias de irregularidades em sua administração ? a
exemplo da acusação de corrupção e lavagem de dinheiro pelo Ministério Público
Federal ? que poderiam ser exploradas por adversários. (Bahia Noticias)