Em entrevista após sua participação na audiência pública que
debate as dez Medidas de Combate à Corrupção na Câmara dos Deputados, o procurador
Diogo Castor Mattos, da força tarefa da Lava Jato, em Curitiba, afirmou que os
investigadores ainda têm muito material para analisar e que a operação não alcançou
1/5 do seu potencial. [Acreditamos que é uma chance única que conferiu
efetividade ao sistema de justiça criminal no Brasil e, por isso, ainda tem
muito a avançar], acrescentou Castor Mattos.
Ainda de acordo com o Castor Mattos, a Lava Jato não corre o
risco de ser anulada – como ocorreu com a Castelo de Areia, Satiagraha e Boi
Barrica – devido à dimensão que a investigação tomou e pelo clamor popular que
envolve toda a operação.
[Acredito que esses processos foram anulados, entre outros
fatores, porque impactavam pessoas da alta classe econômica do País e porque
não havia uma comoção social. Os processos foram anulados com passividade],
explicou o procurador.
O procurador ainda citou o alto grau de transparência da
Lava Jato e o controle da imprensa como fatores que impossibilitam que a
operação seja anulada. (AE)
Foto: Diário do Poder