O advogado de defesa da presidente Dilma Rousseff, o
ex-ministro José Eduardo Cardozo, decidiu retirar duas das seis testemunhas que
iriam depor durante o julgamento final do impeachment.
Ele aproveitou o início da sessão desta sexta-feira, 26,
para dizer que estava abrindo mão do depoimento da ex-secretária de Orçamento
Federal Esther Dweck e pediu para que o professor da Uerj Ricardo Lodi fosse
ouvido apenas como informante.
Cardozo argumentou que não queria expor Esther à [vingança]
dos senadores da base aliada do presidente Michel Temer, que teriam ficado
irritados com o fato de Lewandowski ter impugnado uma das testemunhas de
acusação. [Estou fazendo isso para preservá-la de ataques], afirmou.
Já havia um pedido de suspeição em relação a Esther. A
advogada de acusação, Janaína Paschoal, argumentou que era muito grave o fato
de ela ter sido contratada para trabalhar no gabinete da senadora Gleisi
Hoffmann (PT-PR), que é [uma das mais ferrenhas defensoras de Dilma].
No caso de Lodi, a acusação era porque ele tem procuração
para representar a presidente afastada e não poderia testemunhar.
As outras quatro testemunhas de defesa são o economista Luiz
Gonzaga Belluzzo, o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, o ex-secretário
executivo do Ministério da Educação no governo de Dilma Rousseff, Luiz Cláudio
Costa, e o consultor jurídico Luiz Mascarenhas Prado.(AE)
Foto -Edilson Rodrigues- Agencia Senado