A votação final do processo de impeachment, para condenar ou
absolver a presidente afastada Dilma Rousseff, começará às 11h desta
quarta-feira (31), segundo anunciou o presidente do julgamento, ministro
Ricardo Lewandowski.
O ministro estima o fim dos discursos até as 3h30 da
madrugada desta quarta. Cada um deles tem 10 minutos para falar. Para afastar
Dilma em definitivo, são necessários os votos de ao menos 54 dos 81 senadores.
Antes da votação, outros 4 senadores poderão se manifestar,
sendo 2 a favor do impeachment e 2 contra, por no máximo 5 minutos cada um. O
tempo poderá ser dividido por mais senadores, se houver acordo entre eles.
Diferentemente de votações sobre propostas legislativas, os
líderes partidários não poderão orientar os parlamentares como votar.
O último ato antes da votação é a leitura, por Lewandowski, da
seguinte pergunta: [Cometeu a acusada, a Senhora Presidente da República, Dilma
Vana Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de
empréstimos junto à instituição financeira controlada pela União e à abertura
de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhe são imputados e deve
ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para
o exercício de qualquer função pública pelo prazo oito anos?]
Os senadores a favor do impeachment deverão votar [Sim] e os
senadores contrários [Não]. A votação será aberta e cada senador terá a opção
registrada no painel eletrônico.
Após o fim da votação, Lewandowski escreve e lê a sentença e
pedirá que todos os senadores a assinem. O documento será publicado na forma de
uma resolução. A acusação e a defesa serão informadas oficialmente do resultado
e o presidente interino Michel Temer comunicado.
Se Dilma for absolvida, ela será imediatamente reabilitada
ao mandato, do qual está afastada desde maio, voltando ao exercício do cargo.
Se for condenada, fica destituída e impedida de concorrer a qualquer cargo
político pelos próximos 8 anos. (Diário do Poder).
(FOTO: MARCOS OIIVEIRA/ AG SENADO)