Articulações internas no Partido dos Trabalhadores podem
levar a incertezas sobre o nome que disputará a eleição estadual em 2018. Um
movimento que partiu do interior e já chegou à capital quer lançar o
ex-governador Jaques Wagner para buscar um novo mandato, ao invés de uma
eventual tentativa de reeleição de Rui Costa. Alguns dos principais aliados da
sigla no estado se queixam que Rui não aprendeu a negociar politicamente, o que
tem desagradado até mesmo caciques de outros partidos da base aliada. Uma das
situações que incomodaram a base foi a nomeação do senador Walter Pinheiro (sem
partido) para a secretaria de Educação, pouco tempo após sua saída do PT – o
incômodo não chegou a ser público, porém diversos petistas reclamaram nos
bastidores do movimento político do governador. Os [escorregões] de
Rui na articulação política foram externados, inclusive, pelo presidente da
Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Marcelo Nilo (PSL), que reclamou do
tom adotado pelo chefe do Executivo baiano nas relações com parlamentares – e
depois acabou voltando atrás da crítica. Se por um lado Rui aparece como bom
administrador e mau negociador, Wagner tem a seu favor a boa avaliação de seus
dois mandatos e o seu reconhecimento como bom articulador político ? questão,
inclusive, que o alçou a ministro-chefe da Casa Civil da ex-presidente Dilma
Rousseff. (Rebeca Menezes ? Bahia Noticias).
Foto: Manu Dias / GOVBA