A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou
ilegal a prática da vaquejada, no Ceará é válida para todo território nacional.
Parlamentares baianos reagiram na tarde de hoje em sessão ordinária na
Assembleia Legislativa, com esta decisão e amanhã (terça-feira) 11, vão à cidade
de Feira de Santana e fazem, manifestação
pública em protesto à decisão do STF. Os deputados estaduais Adolfo Viana
(PSDB), Eduardo Sales (PP), Carlos
Geilson (PSDB), Alex Lima (PTN ) são
contra a decisão da corte,os colegas Marcel Morais (PV), José de Arimatéia (PRB), Luiza Maia (PT) são a favor, além de outros parlamentares. Viana
afirmou [a vaquejada vai continuar, agora é que a luta vai prosseguir, pois é
uma tradição cultural nordestina].
Direitos
Arimatéia em seu
discurso na tarde de hoje (10), no plenário da Assembleia Legislativa, citou artigos da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, 1-Todos os animais
são sujeitos de direitos e estes devem ser preservados; 2- O conhecimento e
ações do homem devem estar a serviço dos direitos animais; 3-Os animais não
podem sofrer maus-tratos; 4- Animais destinados ao convívio e serviço do homem
devem receber tratamentos dignos; 5- Experimentações científicas em animais devem
ser coibidas e substituídas; 6- A morte de um animal sem necessidade é
biocídio; de vários de uma mesma espécie, genocídio; 7- Animais destinados ao
abate devem sê-lo sem sofrer ansiedade e nem dor, [declarou].
Renda
Na esfera federal o deputado Arthur Maia (PPS/BA), também criticou
a decisão do STF, quanto a ilegalidade. Segundo
Maia, a atividade de vaqueiro agrega 720 mil empregos diretos e indiretos,
fonte de renda para peões e suas famílias. Por ano, são mais de 4 mil provas,
um movimento econômico de R$ 700 milhões, que cresce 20 ao ano. (Itamar
Ribeiro)