CLINTON E TRUMP TENTAM GANHAR VOTOS DOS INDECISOS NA VɉSPERA DA ELEIÇÃO

A democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump
realizam uma maratona nesta segunda-feira (7), na tentativa de ganhar os votos
dos indecisos na corrida à Casa Branca na véspera da votação. As agendas estão
concentradas naqueles estados onde as pesquisas indicam que a disputa está mais
acirrada.

O milionário Donald Trump chegou nesta manhã à Florida,
estado importante na disputa, onde os dois candidatos estão empatados. Do lado
democrata, Obama também terá agenda de campanha na Flórida para apoiar Hillary.

Trump seguirá então para a Carolina do Norte, Pennsylvania e
New Hampshire, segundo a diretora de campanha, Kellyanne Conway, citada pela
agência Associated Press. Os estados são considerados fundamentais para
conseguir a vitória nesta terça-feira (8).

[O impulso está do nosso lado], disse neste domingo o
presidente do Comitê Nacional do Partido Republicano, Reince Priebus, à rede de
televisão ABC. [Se ganharmos um estado como Michigan, verão que isto estará
liquidado].

Já Hillary Clinton aposta em um grande encerramento de
campanha. Em um comício à noite na Philadelphia, ela terá as participações dos
músicos Bruce Springteen e Bon Jovi. O evento também reunirá no mesmo palanque
o seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, o atual presidente Barack Obama e
popular primeira-dama, Michelle Obama.

Pesquisas

Uma pesquisa ABC News/Washington Post divulgada nesta
segunda-feira mostra a candidata democrata com uma vantagem de quatro pontos
percentuais sobre Donald Trump, segundo a Reuters.

Nessa pesquisa com 1.763 possíveis eleitores
norte-americanos, 47 disseram apoiar Hillary e 43 apoiar Trump. A pesquisa
tem margem de erro de 2,5 pontos percentuais.

O levantamento da CBS News, divulgado nesta segunda, também
dá 4 pontos percentuais de vantagem para Hillary. Ela tem 45 contra 41 do
candidato republicano, segundo a Reuters. A pesquisa entrevistou 1.753 adultos
norte-americanos, entre 2 e 6 de novembro, e tem margem de erro de 3 pontos
percentuais.

No domingo, uma pesquisa realizada pela rede NBC e pelo
[Wall Street Journal], atribuiu à Hillary uma vantagem de quatro pontos
percentuais sobre Trump (44 e 40), em uma consulta que incluiu os outros dois
candidatos minoritários na disputa, segundo a France Presse.

Para além da diferença entre os dois candidatos nas
pesquisas de opinião, o sistema eleitoral americano prevê, na prática, que os
eleitores elejam seus representantes. Esses de fato têm direito de voto no
Colégio Eleitoral. Para se eleger, Trump ou Hillary precisam de 270 dos 538
votos para alcançar a presidência.

Além disso, na maioria dos estados o vencedor leva todos os
votos. Por isso a disputa em alguns deles, como a Flórida, que atribui 29
votos, é encarada como fundamental.

Tensão

A tensão neste segmento final da campanha se tornou evidente
na noite de sábado, quando foi registrada uma confusão em um ato de campanha de
Trump e o candidato foi retirado rapidamente do palco por agentes do Serviço
Secreto.

O incidente ocorreu quando um homem com um cartaz que dizia
[Republicanos contra Trump] foi agredido por seguidores do candidato. O homem
foi detido e posteriormente liberado, ao ser constatado que não portava nenhuma
arma de fogo, segundo a France Presse.

No entanto, um dos filhos de Trump mencionou na rede social
Twitter que seu pai havia sido alvo de uma [tentativa de assassinato].

Alívio democrata

Hillary entra nesta segunda com uma nova força após o
anúncio do FBI de que não vai haver acusações contra ela em uma investigação
sobre seus e-mails, segundo a Reuters. No domingo, o FBI informou ao Congresso
que não pretendia apresentar acusações formais contra a candidata pelo
interminável escândalo provocado por seus e-mails quando era secretária de
Estado.

O anúncio do FBI foi uma tentativa de apagar, ao menos
parcialmente, o incêndio provocado há apenas uma semana pela mesma instituição,
quando o diretor da polícia federal americana, James Comey, revelou que
investigaria novas mensagens relacionadas a Hillary Clinton, mas não incluídas
em uma investigação anterior concluída em julho.

No entanto, medir o impacto que o fim da polêmica sobre os
e-mails de Hillary Clinton pode ter sobre a campanha é quase impossível.

O anúncio da semana passada caíra como uma bomba sobre a
campanha de Hillary, já que obrigou a candidata a passar vários dias dando
explicações sobre um escândalo que parecia coisa do passado. (G1, em São Paulo)

(Foto: Mike Segar/Carlos Barria/ Arquivo/ Reuters)

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