A Polícia Federal deflagrou mais
uma fase da Operação Lava Jato, a 36ª. Os aproximadamente 90 agentes cumprem 18
mandados judiciais em cidades do Paraná, São Paulo e Ceará. São 16 mandados de
busca e apreensão e dois de prisão preventiva. A ação foi batizada de Operação
Dragão.
Um dos mandados de prisão é para
o empresário e lobista Adir Assad, que já está preso na carceragem da PF, em
Curitiba. Ele foi condenado a nove anos e 10 meses de prisão na Lava Jato. Ele
é acusado de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Assad foi preso em março de 2015
na 10ª fase da Lava Jato. Em dezembro do ano passado o Supremo Tribunal Federal
concedeu prisão domiciliar ao lobista. No entanto, em agosto deste ano ele
voltou à prisão por determinação do juiz Sérgio Moro.
O outro alvo da operação é
Rodrigo Tacla Duran. O advogado é apontado como um dos operadores das offshores
criadas pelo [departamento de propina da Odebrecht] e, segundo a investigação,
recebeu R$ 36 milhões de empreiteiras investigadas na Lava Jato, entre elas, a
UTC, Mendes Júnior e EIT.
Os dois são apontados em delação
como operadores utilizados para pagamentos indevidos pelo Setor de Operações
Estruturadas, o departamento da propina. Tacla Duran está no exterior.
Investigação
Nessa fase são investigados dois
operadores financeiros responsáveis pela movimentação de recursos de origem
ilegal, principalmente oriundos de relações criminosas entre empreiteiras e
empresas sediadas no Brasil com executivos e funcionários da Petrobras.
Segundo a PF, entre os crimes
investigados estão: corrupção, manutenção não declarada de valores no exterior
e lavagem de dinheiro.
O nome [dragão] dado à
investigação policial é uma referência aos registros na contabilidade de um dos
investigados que chamava de [operação dragão] os negócios fechados com parte do
grupo criminoso para disponibilizar recursos ilegais no Brasil a partir de
pagamentos realizados no exterior
Na última fase, deflagrada em 26
de setembro, a PF prendeu o ex-ministro Antonio Palocci. A ação foi batizada de
[Omertà]. Segundo a investigação, Palocci é acusado de atuar de forma direta
para propiciar vantagens para a empreiteira Odebrecht quando ainda estava no
governo e recebia propina para isso. O ex-ministro atuou nos governos de Lula e
Dilma Rousseff, como ministro da Fazenda, de 2003 a 2006, e na Casa Civil.
Mandados da operação desta
quinta-feira:
JAGUARAUANA/CE
01 (um) mandado de busca e
apreensão
SÃO PAULO/SP
07 (sete) mandados de busca e
apreensão
BARUERI/SP
05 (cinco) mandados de busca e
apreensão
SANTANA DE PARNAÍBA/SP
01 (um) mandado de busca e
apreensão
CURITIBA/PR
01 (um) mandado de busca e
apreensão
LONDRINA/PR
01 (um) mandado de busca e
apreensão
(Diário do Poder)
Foto: Divulgaçao