As declarações do ex-ministro da Cultuar Marcelo Calero
contra o secretário de governo Geddel Vieira
Lima ainda repercutem . Calero entregou a pasta nesta sexta-feira (18) e
afirmou que o estopim para saída dele foram às pressões de Vieira Lima. O
também ministro Geddel cobrava aprovação de um projeto imobiliário, localizado
na Ladeira da Barra, em Salvador. A área do residencial precisaria de um aval
do Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional], vinculado ao
ministério da cultura. Para o deputado federal e irmão de Geddel Lúcio Vieira
Lima (PMDB), as declarações de Calero são mais [choro do que denúncias]. [Eu
estranho essa colocação do ex-ministro porque ele já deu várias versões para
essa saída do governo que está parecendo a saga de Harry Potter, com livro 1,
livro 2 [se referiu aos livros de uma série infanto-juvenil] , declarou.
Segundo Lúcio, Calero teria inicialmente alegado ser contrário ao projeto que
tornou a vaquejada patrimônio cultural. Depois, o ex-ministro da Cultura teria
reclamado da intromissão do ministro-chefe da Casa Civil, José Padilha, na pasta
da cultura. Ainda segundo Lúcio Vieira Lima, Calero também teria trabalhado
para abafar uma CPI que investiga recursos da Lei Rouanet. [Então, tem muita
versão. Eu não vou ficar discutindo versões. O fato ocorreu e está aí. O que
tiver de se explicar, tem que ser explicado. Agora eu acho estranho alguém que
tinha uma denúncia contra um ministro, não a fez quando estava no cargo, e sai
do ministério e esperneando e atirando para tudo que é lado], completou. (Fernando
Duarte / Francis Juliano–Bahia Noticias)
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias