Integrante da base de
sustentação ao governo Wagner, o PSL estaria prestes a anunciar apoio à senadora Lídice da Mata (PSB), que
oficializa a candidatura ao governo baiano, neste sábado com a presença do
pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos. Nos bastidores, a adesão dos socialistas
liberais ao projeto encabeçado por Lídice já é dada como certa, inclusive, a
convenção dos partidos seria conjunta.
Com a confirmação da
aliança, será mais uma sigla a sair da coligação do pré-candidato à sucessão
Rui Costa (PT). Lideranças do PSL chegaram a anunciar apoio ao petista há cerca
de três meses, durante um almoço, que contou com a participação do postulante e
do governador Jaques Wagner (PT). Atualmente, o partido tem dois representantes
na Assembleia Legislativa, os deputados Deraldo Damasceno e Nelson Leal. A
legenda conta em seu time de filiados com o ex-prefeito João Henrique e o seu
filho Paulo Henrique, que entra na corrida de 05 de outubro a uma vaga no
Legislativo. Na Câmara de Vereadores, o PSL está representado por Leandro
Guerrilha e José Trindade.
Questionado sobre o
assunto, Nelson Leal, apontado como um dos grandes articuladores do partido,
disse que não tinha informação sobre o assunto. ?Não estou sabendo. Vou
conversar com o presidente (Toninho Olívio)?, disse. Porém, existem rumores de
que o namoro estaria sendo amarrado nos corredores da política há mais de um
mês, faltando apenas alguns ajustes para ser confirmada a união.
A reportagem da Tribuna
procurou o dirigente estadual do PSL, mas ele não se encontra na capital
baiana. Nos bastidores, informações dão conta de que há um clima de pressão da
ala do governo, liderada por Rui Costa, para que os socialistas liberais
continuem ao lado do PT. A composição entre o PSL e o PSB já teria ocorrido em
outras eleições, o que teria facilitado as conduções das conversas.
Consta que até mesmo
Eduardo Campos entrou em campo para fortalecer a articulação. O presidente
nacional do PSL, Luciano Bivar, que foi secretário de Campos em Pernambuco,
teria determinado que na Bahia o PSL se coligasse com o PSB. Um dos fatores que
influenciaram também seria a dificuldade de o partido eleger mais deputados
estaduais ao formar a chapa proporcional com o PT. De acordo com a matemática,
apenas um do PSL seria eleito, sendo o mais cotado Nelson Leal. (Tribuna da
Bahia)