Candidato à presidência da
Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Ângelo Coronel
(PSD) afirmou nesta terça-feira (6) que o anúncio do presidente da Casa,
Marcelo Nilo (PSL), de que conta com apoio de 29 parlamentares na sua candidatura
à reeleição é [blefe]. Para ele, alguns dos deputados presentes no almoço de
adesão organizado pelo adversário compareceram ao evento por [livre e
espontânea pressão], com receio de serem alvo de [represálias] por parte de
Nilo. [Eu quero ressaltar que um presidente todo-poderoso fazer um almoço e ter
levado somente 26 colegas [Nilo anunciou 29], eu encaro isso não como
fortaleza, mas como uma candidatura que está prestes a ser derrotada por não
ter conseguido nem um quórum mínimo de vitória, que é de 32 deputados],
ironizou em entrevista ao Bahia Notícias. Ainda de acordo com Coronel, o fato
de Nilo ter antecipado o lançamento de sua candidatura – anteriormente, o atual
mandatário da AL-BA assegurava que só iria tocar no assunto no fim de dezembro
– é sinal de que ele está com [receio] dos outros candidatos. Apesar de se
dizer [amigo de longa data] de Nilo, Coronel seguiu desferindo ataques contra o
colega ao dizer que o social-liberal tenta usar a presidência da Casa como
[comitê político] para suas pretensões de se lançar candidato ao Senado em
2018. [Ele tem que entender que essa Casa é uma casa de todos e não pode ser
transformada num comitê político de quem quer ser senador em 2018. Todos têm
condições de ser presidente e não podemos perpetuar o presidente Marcelo Nilo,
pois a sociedade não aceita e as lideranças políticas da Bahia não aceitam a
recondução de Marcelo Nilo. Queremos um parlamento livre], criticou o deputado
ao dizer também que a Assembleia não pode ser como [a Roma Antiga, onde se trata
a população a pão e circo]. Questionado sobre o número de apoios já angariados
na disputa, Coronel afirmou que [não trabalha com quantidade de apoios]. [Trabalho
no silêncio e com a perspectiva de mudança. Por enquanto, o único voto que
tenho garantido é o meu e de alguns amigos, colegas que querem a mudança. Não
posso mais aceitar essas reeleições sucessivas. Fica transparecendo que a AL-BA
não tem outro nome em condições de assumir a administração do Parlamento. Somos
63 iguais. Todos têm condições de ser presidente e não podemos perpetuar o
presidente], bradou. (Bruno Luiz/Bahia Noticias)
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