O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não esperou
a conclusão do inquérito da Polícia Federal em Brasília para denunciar nesta
segunda-feira, 12, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), por
corrupção e lavagem de dinheiro no esquema de corrupção na Petrobras revelado
pela Lava Jato. Diante disso, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato
no Supremo Tribunal Federal, devolveu a denúncia a Janot para que ele
complemente com as informações da investigação policial.
[Ante o exposto, à falta dos autos do inquérito, intime-se o
Ministério Público para que regularize a situação dos autos, restituindo as
petições protocoladas sob os números 70.676/2016 e 70.677/2016 (documentos da
denúncia contra Renan) e documentação correspondente], assinala Teori em despacho
publicado nesta terça-feira, 13.
A iniciativa de Janot contradiz o próprio prazo solicitado
pelo procurador-geral para a conclusão das investigações envolvendo Renan. No
dia 24 de outubro, o procurador-geral pediu ao ministro Teori Zavascki, relator
da Lava Jato na Corte, que o prazo das investigações fosse prorrogado por mais
60 dias para o cumprimento de diligências da Polícia Federal, o que foi acatado
pelo ministro. (AE)
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