As declarações dadas pelo pré-candidato a presidente da
República, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em entrevista à
Tribuna publicada na edição de ontem causou repercussão no campo político
estadual, em especial nas alas petistas e tucanas.
O pernambucano teceu duras críticas à presidente Dilma
Rousseff (PT), líder das últimas pesquisas de intenções de votos divulgadas
pela imprensa. ?O fato é que estamos há
quatro meses das eleições e o Brasil está pior do que em dezembro de 2010. O
Brasil cresce menos, o juro real é mais alto, a violência é maior, o SUS está
com dificuldade, na área de educação não houve avanços. O fato concreto é que
depois de um ciclo de melhora, o Brasil vive um ciclo de piora com a presidente
Dilma?, declarou.
O presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação,
rebateu a declaração. O petista, além de rechaçar a figura de Campos frente ao
conhecimento da população à sua imagem, enalteceu os avanços realizados pelo PT
nos últimos anos.
?Não entendo como ele acha que o Brasil não cresceu com
Dilma. Se ele considera que mais de um milhão de jovens estão recebendo cursos
profissionalizantes, que nós temos o terceiro maior crescimento do PIB e
ajudamos na distribuição de renda, dando oportunidade de vida digna a todos,
realmente, não compreendo qual é a referência de bondade dele?.
Questionado se acredita na influência de Campos na eleição
para governo da Bahia, Anunciação negou e creditou interferência de outro
pernambucano. ?Só tem um pernambucano que influencia a eleição aqui e não é
ele: chama-se Luiz Inácio Lula da Silva. Eduardo está quilômetros para trás de
Lula no quesito de influência e simpatia?, provocou.
Campos também fez referências ao PSDB. Alegou que os
tucanos terminaram o último governo mal acompanhados e que a população
brasileira cansou da divisão história entre PSDB e PT. O deputado federal
Antonio Imbassahy (PSBD) discordou da opinião do presidenciável. (Tribuna da
Bahia)