Como a Odebrecht, a megadelação premiada da Camargo Corrêa
vai implicar cerca de duzentos políticos de todos os partidos, mas um dos
principais atingidos deve ser o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB),
cuja reputação de honestidade poderá sofrer sérios danos. Fontes ligadas à Lava
Jato suspeitam que a Camargo teria atuado como [tesouraria] na campanha
presidencial de Alckmin, em 2006. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do
Diário do Poder.
Há relatos de distribuição de dinheiro vivo na sede da
Camargo Corrêa, em 2006, a políticos supostamente indicados pelo comitê de
Alckmin.
As relações da Camargo Corrêa com a classe política são
detalhadas em delações de cerca de 40 executivos da empreiteira.
Oficialmente, a Camargo doou só R$400 mil à campanha
presidencial tucana, em 2006, e R$2,4 milhões à reeleição de Lula.
A assessoria de Alckmin informou que o governo de São Paulo
vai se posicionar somente diante de denúncia concreta, nessa megadelação. (Diário
do Poder)
Foto: Rovena Rosa – Abr