O que era para ser
acirrado na tarde de hoje (1/2), ou seja a eleição da mesa diretora da
Assembleia Legislativa, será mansa e pacífica. Até ontem (31/1), os candidatos
disputavam votos de seus colegas, com habilidade para formatar um colegiado que
viesse a lhe garantir a vitória. No inicio do processo, o atual presidente
Marcelo Nilo (PSL), lançou sua reeleição segundo ele a pedido de colegas,
seguido de um segundo candidato, Ângelo Coronel (PSD) e posteriormente Luiz
Augusto (PP). Coronel com o apoio do senador Otto Alencar, Augusto com o apoio
de João Leão – Vice Governador e Nilo com apoio próprio. A base eleitoral de
Nilo era a bancada do governo, a bancada de oposição nem todos apoiavam sua
candidatura.
Na trajetória da
campanha, Nilo fez diversas composições e ao longo do tempo, a habilidade de
Coronel apoiado por seu avalista (Otto), cooptou votos que já tinham garantido
a Nilo, a exemplo dos deputados Manassés e Alan Castro, ambos do partido de
Nilo. Os deputados do PCdoB que são da base do governo, também mudaram de
posição antes Nilo e hoje Coronel. No final da tarde de ontem (31), a bancada
de oposição se posicionou dando apoio a Coronel. No dia anterior, em reunião
secreta, a bancada oposicionista fez uma votação interna, sendo vencedor
Coronel e ontem foi homologada a posição tomada e através de nota à imprensa
foi consagrado 19 votos para o candidato Ângelo Coronel.
Luiz Augusto (PP)
também candidato, tinha acordado com Coronel, na reta final, quem estivesse
melhor na campanha, um aderia ao outro e foi o que aconteceu. Augusto aderiu a
campanha de seu colega (Coronel), agregando 5 votos e tem como premio de consolação a primeira vice-presidência.
Ao cair da tarde de
ontem (31), Coronel totalizava 36 votos a seu favor, votos que lhe garantia a
eleição que acontece na tarde de hoje. Ao analisar friamente a totalização de
votos, Nilo que também era candidato, renunciou sua candidatura, a fim de evitar um desgaste
na base política do governo Rui Costa
(PT) na Alba, uma vez que ele tem bom
relacionamento e transito com o governador do Estado. Vai seguir sua vida política, na trajetória de
um voo para a Câmara Federal nas próximas eleições, segundo ele. Nilo presidiu
a casa Legislativa por 10 anos, coisa nunca vista na história do Parlamento
Baiano, superou a liderança do ex-político na casa parlamentar o baiano Antonio
Carlos Magalhães (ACM). [Itamar Ribeiro]
Foto: Twiter