A decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF),
tornando réu o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), pode criar um precedente que
complica políticos citados na Lava Jato e que alegam terem recebido [doações
legais]. Raupp recebeu doação [legal] de R$ 500 mil da empreiteira Queiroz
Galvão interpretada como [propina] pelo Ministério Público Federal. Pela
primeira vez, os ministros concordaram com isso. A 2ª Turma, que tornou Raupp
réu, será a mesma que o julgará. A informação é do colunista Cláudio Humberto,
do Diário do Poder.
Confirmado o precedente, qualquer doação eleitoral, mesmo
declarada à Justiça Eleitoral, pode ser interpretada como propina.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, a [doação
eleitoral] de empresas fornecedoras do governo é [propina disfarçada].
Valdir Raupp virou réu no STF por corrupção passiva e
lavagem de dinheiro. Ele é o quarto parlamentar réu no exercício do mandato.
Em seu voto, o decano do STF Celso de Mello disse que usar a
doação como propina é uma [engenhosa estratégia] para lavar dinheiro.(Diário do
Poder)