ASSEMBLEIA NÃO VOTA PROJETOS HÁ 60 DIAS. RUI PROMOVE ALMOÇO C/ L͍DERES

A Assembleia Legislativa registrou mais um dia sem sessão
nesta segunda-feira, 8, e já são 60 dias sem que se vote um projeto de lei na
Casa. O deputado Targino Machado (PPS), o qual pediu verificação de quórum
nesta data para derrubar a sessão, disse que, a base governista tem 42
deputados, mas, não comparece sequer os 21 para dar inicio aos trabalhos. [Então,
vou usar meu direito regimental de todo dia pedir verificação de quórum até que
alguém tome alguma providência], frisou.

Ao Bahia Já, o deputado disse que o presidente Angelo
Coronel não comparece ao plenário há 30 dias, sempre tem um representante da
Mesa Executiva abrindo a sessão (hoje foi o deputado Carlos Geilson) e as
coisas não funcionam. No entendimento do deputado Alan Sanches (DEM) há dois
projetos sobrestando a pauta e, ao que tudo indica, existem divergências para
sua aprovação na base do governo, daí que as coisas não andam.

Sanches destaca, ainda, que não há qualquer desgaste ou
desentendimento do presidente da Casa com os parlamentares, [não há qualquer
boicote, isso posso assegurar], comentou. Targino também acha que Coronel está
tranquilo. [Quando o sapato de algum deputado aperta a gente sabe logo. Como
ninguém está reclamando é porque tudo está normal], frisou.

O líder do governo, deputado Zé Neto (PT) comentou com o BJÁ
que, nesta segunda feira, o governador Rui Costa promoveu um almoço com os
lideres dos partidos da base para acertar os encaminhamentos de votações na
Assembleia. Zé Neto destacou, ainda, que a proposta de Targino em derrubar a
sessão fere um acordo que há para que os trabalhos do pequeno expediente
aconteçam normalmente para os parlamentares se expressarem.

COMENTÁRIO DO BJÁ

O líder do governo não nos disse, mas, soubemos que o
presidente da Assembleia também participou do almoço com Rui. E, nos
bastidores, os comentários na Casa dão conta de que as bancadas do PT e do
PCdoB não estaria dispostos a votar um dos PLs do governo que sobresta a pauta
entendendo que retira direitos de trabalhadores da Saúde e da Educação.

O caso está relacionado com licenças médicas que o governo
as vê como uma enxurrada nesses dois segmentos e que deseja contê-las. (Bahia
Já)

Foto: BJá