DEPUTADO ACUSA WAGNER DE CANALHA E COBRA SEQUÊNCIA DA CPI DO CCB

O deputado estadual Targino Machado (PPS) fez duras críticas
ao secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, ex-governador Jaques
Wagner, chamando-o de [canalha] e de ter adotado uma postura de [cinismo] ao
declarar que confirmou ter recebido um relógio da Odebrecht, mas, nunca tinha
usado.

Segundo Targino é inconcebível que o governador Rui Costa
mantenha nos quadros do Estado, no seu secretariado, uma pessoa acusada por
delatores da Odebrecht, na Operação Lava Jato, de ter recebido R$12 milhões.

Targino usou os codinomes atribuídos a Odebrecht para
nominar Jaques Wagner, [Pólo] e [Ó Paí Ó] e em todas citações do seu
pronunciamento ao referir-se a trechos das delações frisava: Ó Paí Ó. Na
opinião de Targino, [um canalha que rouba não pode fazer parte de um governo].

Não houve defesa de Wagner por parte dos governistas.

CPI DO CCB

Outro assunto abordado por Targino foi o arquivamento da CPI
do CCB pelo presidente da Casa, Angelo Coronel. Na opinião do parlamentar,
Coronel não tem autoridade para encerrar uma CPI da forma que foi acabada e
este teria cometido uma “barrigada” influenciado por parecer de sua
Procuradoria Jurídica para “engavetar a CPI, num parecer de aluguel,
encomendado”

Targino também cobrou a presença do presidente da Assembleia
no plenário da Casa, para dirigir as sesões, pois, ele “foi eleito para
isso, mas, está fugindo”. O deputado defende a continuidade da CPI
obedecendo os princípios constitucionais.

COMENTÁRIO DO BJÁ

Quanto ao arquivamento da CPI determinado pelo presidente da
Casa, Angelo Coronel, deu-se em função da recusa da Oposição em aceitar que o
presidente e o relator da CPI fossem integrados por governistas.

Naquele momento, criado o impasse, a bancada da Oposição
retirou-se do plenário da Comissão, o líder do governo também retirou seu
pessoal e o presidente da Casa – creio, sem parecer da Procuradoria Juridica –
arquivou a CPI.

A oposição ficou de recorrer à Justiça, mas, até hoje não o
fez.

Foto: BJá