O advogado do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, César
Bittencourt, afirmou na manhã deste sábado À rádio Gaúcha, de Porto Alegre, que
é contra o instituto da delação premiada [por razões ética, morais culturais e
até legais], e afirmou também que muitos dos acordos de colaboração no Brasil [têm
sido feito de forma ilegal].
Ele avalia que Rocha Loures foi [preso para delatar].
Segundo o advogado, há uma tentativa de forçar o peemedebista a colaborar, mas
a previsão é de que ele se mantenha em silêncio e não opte pelo acordo com o
Ministério Público. [Para que seria preso no sábado? Só pode ter sido preso
para delatar. Não poderia ser (decidido) na terça-feira em sessão na Turma?],
disse o advogado ao Estado, em referência ao dia de sessão nas Turmas do STF,
que analisam questões penais.
Bittencourt assumiu recentemente a defesa de Rocha Loures,
após ser contratado pelo pai do ex-deputado, por isso ele disse que ainda não
conversou com o seu cliente. Afirmou que o caso do ex-deputado é [complexo],
mas em compensação [facilitado] pelos excessos cometidos pelas [autoridades
repressoras].
Rodrigo Rocha Loures foi preso na manhã deste sábado (3), em
Brasília, por ordem do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal (STF), em atendimento a pedido da Procuradoria Geral da
República.
Surpresa
O advogado está em viagem a Brasília, mas disse que Loures
está tranquilo e deve usar seu direito constitucional a permanecer em silêncio.
[A defesa está extremamente surpresa. Não acreditava que
poderia acontecer. Poderiam ter respeitado a defesa e seu recurso], afirmou.
Bitencourt apresentou recurso contra o segundo pedido da Procuradoria-Geral da
República (PGR) para prender o ex-assessor do presidente Michel Temer.
[O que esperamos é que, se não for uma prisão para forçar
delação, que ele (Fachin) leve o caso para julgamento na terça-feira],
completou Bitencourt.
A prisão de Loures, realizada nesta manhã pela Polícia
Federal em Brasília, atende determinação do ministro Luiz Edson Fachin, do
Supremo Tribunal Federal (STF). (Diário do Poder)
Foto: Dida Sampaio –
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