LULA PRESTARÁ DEPOIMENTO PRESENCIAL À JUSTIÇA EM 13 DE SETEMBRO

O juiz Sérgio Moro aceitou o pedido da defesa do
ex-presidente Lula e marcou interrogatório presencial, no dia 13 de setembro,
do petista, na ação penal em que ele é réu por recebimento de propinas da
empreiteira Odebrecht. Esta será a segunda vez que Moro e Lula vão ficar cara a
cara.

Moro havia sugerido que a oitiva fosse realizada por videoconferência
– o ex-presidente prestaria depoimento na Justiça Federal em São Paulo,
evitando deslocamento a Curitiba. O juiz alegou que a medida evitaria [gastos
indesejáveis], referindo-se ao aparato de segurança mobilizado no primeiro
depoimento, em maio, quando Lula foi interrogado no caso do tríplex.

Apesar da sugestão do juiz, Lula abriu mão da
videoconferência. Por meio de seus advogados, o ex-presidente comunicou que é
seu desejo depor pessoalmente. A audiência será gravada da mesma forma como já
foi feito anteriormente.

O caso

Lula foi denunciado neste caso em 15 dezembro de 2016, e o
juiz Sérgio Moro aceitou a denúncia quatro dias depois. Segundo o MPF, a
Construtora Norberto Odebrecht pagou R$ 12.422.000 pelo terreno onde seria
construída a nova sede do Instituto Lula. Esta obra não foi executada.

A denúncia afirma também que o ex-presidente recebeu, como
vantagem indevida, a cobertura vizinha à residência onde vive. De acordo com o
MPF, foram usados R$ 504 mil para a compra do imóvel.

Ainda conforme a força-tarefa, este segundo apartamento foi
adquirido no nome de Glaucos da Costamarques, que teria atuado como testa de
ferro de Lula. Os procuradores afirmam que, na tentativa de dissimular a real
propriedade do apartamento, Marisa Letícia chegou a assinar contrato fictício
de locação com Glaucos da Costamarques.

Os advogados de Lula negam taxativamente que ele tenha
recebido propinas da Odebrecht. (Diário do Poder)

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